Rádio Cantareira Uncategorized MPF cobra prefeitura de SP por interrupção de aborto legal no Hospital Vila Nova Cachoerinha

MPF cobra prefeitura de SP por interrupção de aborto legal no Hospital Vila Nova Cachoerinha

Por Nahama Nunes

O Hospital Municipal da Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte de São Paulo, referência em abortos legais na capital paulista, não está fazendo mais o procedimento desde dezembro. Por conta disso, o Ministério Público Federal está cobrando explicações da prefeitura da cidade sobre a interrupção do procedimento.

No site da prefeitura constava a informação de que o aborto legal só poderia ser feito até a 22ª semana de gestação, o que não está prevista na lei nem nas normas do Ministério da Saúde.  O aborto é permitido no Brasil nos casos em que a gravidez é decorrente de estupro, quando há risco à vida da gestante ou quando há um diagnóstico de anencefalia do feto.

A promotoria afirma que a suspensão do serviço pela prefeitura de São Paulo prejudica as mulheres que precisam do atendimento.
Luiz Carlos Zamarco, secretário municipal de Saúde de São Paulo, destaca que a prefeitura ainda não recebeu nenhuma notificação do Ministério Público. Ele explica que no momento o Hospital Vila Nova Cachoeirinha está priorizando outros tipos de cirurgia, mas garante que outros hospitais da região estão fazendo o aborto legal.

“O que nós fizemos foi só uma reorganização do serviço. Nós não suspendemos nada na cidade. O aborto legal continua seguindo as diretrizes do Ministério da Saúde. O que era feito no Cachoeirinha é feito em outros hospitais. Como o hospital Cachoerinha é uma maternidade muita gente achava que era só lá que fazia o procedimento, mas estamos melhorando a nossa comunicação e divulgando os outros hospitais pra tirar esse estigma que só o hospital do Cachoeira faz o aborto legal. Nós temos outros quatro hospitais que fazem o procedimento na cidade. Os médicos alegavam que não estavam fazendo as demais cirurgias porque a demanda que eles tinham com o aborto legal era grande”, explicou.

O secretário confirmou que constava no site da prefeitura a informação de que o aborto legal só poderia ser feito até a 22ª semana de gestação. No entanto, segundo ele, o critério foi corrigido no portal.

A Central de Notícias da Rádio CANTAREIRA é uma iniciativa do Projeto “AS REDES SOCIAS E O FEMINISMO”. Este projeto foi realizado com o apoio da 7ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Serviço de Radiodifusão Comunitária Para a Cidade de São Paulo.
Os conteúdos ditos pelos entrevistados não refletem a opinião da emissora.

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