Rádio Cantareira Uncategorized Especialista fala sobre medidas emergenciais para amenizar impacto de tragédias ambientais

Especialista fala sobre medidas emergenciais para amenizar impacto de tragédias ambientais

Para Agnes Franco é fundamental pressão sobre os governos municipais, estaduais e federal para que políticas de adaptação climática sejam implementadas.

Por Diane Costa

Enchentes, deslizamentos, pandemias, contaminação do solo e alimentos são tragédias ambientais que têm ocorrido com frequência no Brasil e no mundo.  Estudos alertam necessidade de medidas emergenciais para amenizar o impacto desses ocorridos.

O Sexto Relatório de Avaliação (AR6) do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) lançado no final de março conclui que a elevação de 1,1° C na temperatura terrestre mostra o aumento sem precedentes do nível do mar e a ocorrência de eventos extremos.

Agnes Franco, jornalista, mestre em globalização e política trabalhista, especialista em Meio Ambiente e Transição Justa fala sobre o tema: “O último relatório do painel intergovernamental para política climática deixou bastante claro que a temperatura da terra atingiu o que nos chamamos de ponto de não retorno, ou seja, vai ser inevitável que a gente aumente dois graus acima da média da época do período pré-industrial. Trocando em miúdos, a última vez que a terra teve essa tempera a alguns milhões de anos atrás, o nível do mar, por exemplo, ficou 25 metros mais alto”.

De acordo com ele é assustador ver que todas as previsões que a ciência fez para as consequências da mudança de clima estão acontecendo muito mais rápido do que qualquer previsão.

“O que se imaginava que fosse acontecer daqui a 20 anos, já está acontecendo. Isso na vida real da gente isso, significa enchente, deslizamento de terra, rio subindo, mar subindo, secas, geradas muito em especial pela monocultura, então a questão aqui é a gente entender na nossa comunidade o que nós podemos fazer”, afirma Agnes.  

Ela ressalta que quem mora em área de risco precisa começar organizar observatórios via associação de moradores, por exemplo, para acompanhar o clima e organizar o que vai se fazer se vier uma chuva forte.

“É o que a gente chama de trabalho de adaptação climática, é fundamental que haja uma pressão sobre os governos municipais, estaduais e federal, para que políticas que favoreça a adaptação climática sejam implementadas, do contrário, qualquer ação futura acaba sendo inútil, porque as pessoas precisam estar vivas para que a gente possa construir um outro modelo de sociedade com menor emissão de carbono”, aponta a especialista.  

A Central de Notícias da Rádio CANTAREIRA é uma iniciativa do Projeto Desconstruindo Amélias. Este projeto foi realizado com o apoio da 6ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Serviço de Radiodifusão Comunitária Para a Cidade de São Paulo.

Os conteúdos ditos pelos entrevistados não refletem a opinião da emissora.

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