Por Simone Preciozo;
Manhã de domingo, ensolarada. São Paulo, começo de outono. Uma olhada no Maps e vi que daria tempo. Não pensei muito. Um prazer enorme percorrer o caminho em horário e dia alternativos. A cidade mais tranquila e as ruas menos congestionadas.
Expectativa? Enorme, conheço a contadora de histórias maravilhosa que lá se apresentaria. Adriana Artesana, a quem acompanho e admiro.
Na chegada, a mesma vontade vista nos diversos espectadores. Um pouco mais de sonho.
E então chegou o momento esperado: as portas do auditório se abriram e nós entramos, um a um, dois a dois, crianças, adultos, vários. Todos com a vontade de receber, naquela manhã, o AMANHE-SER de Adriana.
Em destaque: Adriana Artesana. Foto: Simone Preciozo
De início, um poema de Adélia Prado. Por uma daquelas coincidências incríveis, pensava nessa autora um dia antes, em outra situação. Eu procurava exatamente aquele poema, alaranjado, amanhecido, tão impregnado de cotidiano e amor.
Adriana abriu portas, janelas, corações, sorrisos. Pensei em quanto tempo teria ficado sem uma história contada de maneira tão envolvente. Pensei em como são raros hoje em dia os contadores de histórias. Lemos, assistimos e ouvimos muitas narrativas, mas… o o contar histórias? Essa arte ficou em algum lugar de um passado recente. E isso é o que Adriana Artesana faz com maestria: resgata um comportamento humano e humanizador. A arte de contar histórias.
Voltar a respirar cultura nos faz muito humanos. Que venham outros momentos ricos nessa experiência.
Onde? Teatro J. Safra.
Domingo, 26 de março de 2023, às 11:30h.