Forjar sonhos no forno quente e agitado do cotidiano, moldar com poesia a existência, os sentimentos e imagens é isso que move o poeta.
O ferreiro da vez é Cleber Baleeiro, poeta, professor, doutor em ciências da religião.
Apaixonado por poesia e pela arte da palavra, Cleber ousou além da poesia, criar a editora Forja, e além de lançar novos autores acabou de lançar uma Plaquete intitulada de “Tempo Lembrado” com a participação vários poetas, para conhecer um pouco mais da Forja e da plaquete Tempo Lembrado confira a entrevista que me foi concedida pelo Cleber Baleeiro.
CG – O que é uma plaquete?
CB -“Plaquete” é uma publicação mais curta, com menos páginas. Serve para viabilizar projetos literários mais enxutos, como esse que agora apresentamos ao público.
CG- Como surgiu a ideia de fazer a plaquete Tempo lembrado?
CB – A ideia surgiu em uma conversa com o poeta Hudson R. Santos (que também integra essa publicação). Pensamos em reunir um grupo de autores e autoras para produzir uma obra poética com um recorte temático específico, a relação entre o tempo e a memória. Desde o início entendemos que a obra precisaria ser impactante. Para isso, precisaria ser curta e composta de poemas potentes. Acho que conseguimos.
CG- Como se deu a parceria entre a Forja e a Paresia?
CB -A Forja e a Parresia são duas editoras irmãs que têm objetivos muito próximos: viabilizar a publicação de escritores e escritoras que não encontram espaço no atual mercado literário e acolher aqueles e aquelas que já publicaram anteriormente, possibilitando um espaço de publicação que busca valoriza o texto e suas potencialidades.
Quando pensamos na publicação de Tempo lembrado imediatamente me veio a ideia de não somente convidadar Wellington Amancio, das Edições Parresia, para participar como autor, mas também como editor. Ele topou as duas coisas imediatamente. Trabalhamos juntos em todo o processo de produção da plaquete, que é uma coedição Parresia/Forja.
CG -Por que o tema tempo/memória?
CB – A memória está presente em boa parte da produção poética, ainda que inconscientemente. É matéria-prima, seja nas imagens que o poema pode evocar ou mesmo na temática. O tempo é o horizonte em que a memória se dá; toda memória o é porque há um distanciamento temporal entre o poeta e aquilo que é memorado. Como diz o texto da contracapa de Tempo lembrado: “A poesia passeia dançando e cantarolando pelos campos verdejantes da memória”.
CG -Quem são os participantes e qual o critério de escolha?
CB – Somos 13 pessoas: Paulos Dantas, Beth Brait Alvim, Carlos Galdino, Hudson R. Santos, Roberta Tostes Daniel, Wellington Amancio da Silva, Clara Baccarin, Érika Santos, Cleber Baleeiro, Léo Barth, Diogo Cintra, Barbara Leite e Mayk Oliveira. Poetas, em sua maioria, que moram em São Paulo e Alagoas, com linguagens muito próprias.
Convidamos para participar de Tempo lembrado somente pessoas com alguma experiência em poesia, de modo que pudéssemos montar uma obra que fosse uma coletânea de poemas, mas, ao mesmo tempo, uma reflexão sobre o tempo e a memória no fazer poético.
CG -Quantas páginas?
CB – São 26 páginas.
CG -Quando e onde será o lançamento?
CB – Não pensamos em fazer um lançamento nos moldes tradicionais. A ideia é percorrer alguns saraus pela cidade de São Paulo e pelo ABC apresentando a obra a esse público específico, que é formado por poetas e outras pessoas interessadas em poesia.
Contato para adquirir
Enquanto o site da Editora Forja está em manutenção os pedidos podem ser feitos diretamente pelo e-mail editoraforja@gmail.com e por mensagem provada no Instagram @forja_editora
Carlos Galdino
Rádio Cantareira FM
