A partir de fevereiro, o Sistema Único de Saúde (SUS) irá disponilizar a vacina que protege contra a dengue, conhecida como Qdenga fazendo do Brasil, o primeiro país no mundo a realizar este tipo de vacinação pelo sistema público de saúde, com previsão de que mais de 5 milhões de doses sejam aplicadas até novembro.
A vacina, de fabricação japonesa, foi aprovada pela Anvisa em março de 2023 e será, a princípio, focada em públicos e regiões prioritárias. O imunizante é recomendado para pessoas entre 4 a 60 anos, e deve ser administrado em duas doses, com intervalo de três meses. Todas as pessoas, mesmo aquelas que já tiveram dengue, poderão receber a vacina.
Ela é composta de um vírus atenuado, ou seja, um vírus vivo, mas enfraquecido e com fragmentos dos outros 3 tipos de dengue que circulam pelo mundo, como explica o médico infectologista Fernando Chagas:
“Nós temos 4 tipos de dengue que a gente classifica como DENV 1, DENV 2, DENV 3 e DENV 4. A vacina é um vírus do tipo DENV 2, mas com fragmentos dos outros 1, 3 e 4 que uma vez no nosso corpo, estimula a produção de anticorpos e de defesa celular contra os 4 tipos de dengue. Nos estudos, foi mostrado uma eficácia de média de 80% na diminuição de casos e das pessoas que desenvolveram uma doença mais de 90% no risco de evoluir para forma grave. Então, é uma efetividade muito alta”, explica.
O infectologista ainda explica que o imunizante se mostrou bastante eficaz nos estudos : “foi mostrada uma eficácia média de 80% na diminuição de casos e, das pessoas que desenvolveram a doença, mais de 90% do risco de evoluir para a forma grave”, explica.
Nos estudos e nas populações que receberam a vacina, os efeitos adversos têm sido muito leves, geralmente dentro de um a três dias após a aplicação. Cabe ressaltar que, em pessoas com doenças que prejudiquem a imunidade ou que façam uso de medicamentos que diminuam a imunidade, como corticoides em prazo superior a 15 dias, além de gestantes e mulheres que estão amamentando a vacina não poderá ser aplicada.
Ouça a matéria.
A Central de Notícias da Rádio CANTAREIRA é uma iniciativa do Projeto “AS REDES SOCIAS E O FEMINISMO”. Este projeto foi realizado com o apoio da 7ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Serviço de Radiodifusão Comunitária Para a Cidade de São Paulo.
Os conteúdos ditos pelos entrevistados não refletem a opinião da emissora.