‘Comunidade em Foco’ destaca os trabalhos da ‘Rede Cidadã’ em favor dos jovens
Organização de assistência social criada em 2002, por Fernando Alves, em Belo Horizonte (MG), e com trabalhos na cidade de São Paulo desde 2007, a Rede Cidadã tem realizado projetos em diferentes regiões da cidade para a inserção dos jovens no mercado de trabalho.
“Hoje estamos em sete estados, em mais de 60 cidades. Aqui na cidade de São Paulo a nossa sede é na República. Temos ainda polos da Rede Cidadã em Campinas, Guarulhos, Osasco e Ribeirão Preto. Já ajudamos a inserir mais de 130 mil pessoas no mundo do trabalho”, detalhou Damaris Dias, analista de território da Rede Cidadã, em entrevista na edição de 17 de setembro do programa “Comunidade em Foco”, apresentado por Juçara Terezinha.
JOVEM APRENDIZ E ESTÁGIOS
Uma das frentes da Rede Cidadã é o programa de Aprendizagem, realizado com base na lei do Aprendiz Legal – Lei 10.097/2000 – que orienta jovens de 14 a 24 anos para oportunidades no mercado de trabalho na rede pública e privada.
“Quando o jovem é contratado como jovem aprendiz, ele trabalha quatro dias na empresa e no quinto faz formação teórica dentro de uma instituição formadora, neste caso, nós, a Rede Cidadã. Portanto, somos uma organização da assistência social, que trabalha com programas e projetos continuados”, detalhou Damaris.
Já o programa de estágio é voltado a universitários e a estudantes de escolas técnicas e na Fatec.
Damaris explicou que a Rede Cidadã tem uma grade de vagas, a partir das empresas que a procuram, e há uma equipe destinada que vai em busca destes candidatos para serem encaminhados aos processos seletivos.

ATENÇÃO AOS ASPECTOS SOCIOEMOCIONAIS
A representante da Rede Cidadã ressaltou que a instituição desenvolveu uma metodologia própria para assegurar a formação socioemocional dos que participam das formações gratuitas que são ofertadas.
“No socioemocional, o trabalho é para que a pessoa conheça a si própria, veja as relações eu e o outro, eu e o trabalho, eu e o mundo. Estes são quatro pilares que ajudam a fortalecer muito o autoconhecimento”, comentou Damaris, alertando que as empresas contratam por competência, mas desligam as pessoas por comportamento.
“O autoconhecimento ajuda muito que a pessoa entenda qual é o lugar dela no mundo, aonde quer estar, e isso ajuda para que aconteça menos turner over [rotatividade de funcionários] dentro de uma organização”, destacou Damaris, explicando que o autoconhecimento permite dar a visão do que a pessoa quer para a própria vida, além de lidar com as questões emocionais.
“Você tendo a segurança sobre si mesmo, vai desenvolver muito melhor o seu dia a dia. Vai acordar, ver um sol lindo e pensar: ‘vai ter problema hoje? Vai! Mas vou enfrentar a vida de cabeça erguida’, e assim tudo no trabalho melhora”, afirmou.
PROJETOS EM CURSO
Ao longo da entrevista, a analista de território da Rede Cidadã falou sobre alguns dos projetos em curso e outros já realizados pela instituição em diferentes partes da cidade, os quais podem ser consultados pelo Instagram (@redecidadasp).
Na zona Norte da cidade, a Rede Cidadã tem realizado projetos em bairros como Vila Maria, Tucuruvi, Tremembé e Jaçanã, por exemplo, sendo o de maior destaque o Farol Norte, com duração de dez dias, voltado para as pessoas acima dos 18 anos com interesse de serem inseridas no mundo do trabalho.
“O intuito não é só de fazer uma formação para que essa pessoa receba um certificado. Este é um projeto para que se gere trabalho e renda. A formação aborda o mundo do trabalho, as questões socioemocionais. Então, formamos estas pessoas, colocamos em nossa central de talentos e temos uma equipe focada em entrar em contato com as empresas para apresentar os projetos e o perfil profissional delas. E essas empresas já terão acesso a um profissional bem formado e com uma outra visão comportamental, alguém com um currículo mais bem elaborado, com uma postura mais adequada e que sabe verbalizar melhor”, ressaltou Damaris.
Os cursos são oferecidos nas instalações das instituições parceiras nos territórios. No caso do Farol Norte, os participantes recebem lanche e material pedagógico, além de vale-transporte e R$ 100 no último dia por terem participado do curso.

“Em vez de a pessoa ter de vir até a nossa sede Rede Cidadã, aqui no bairro da República, nós levamos esta formação até uma instituição da região que tenha condições de recebê-la”, reforçou Damaris. Ela também explicou que é a própria instituição parceira que faz a mobilização para que as pessoas do território se inscrevam para os cursos, mas toda a aplicação dos conteúdos é feita pela Rede Cidadã.
A analista de território da Rede Cidadã recordou que na zona Noroeste já foram realizados cursos na Capadócia, no Instituto Tijolinho e muitos também Centro de Integração da Cidadania da Região Oeste de São Paulo, no bairro do Jaraguá.
“Na Rede Cidadã, trabalhamos com muito respeito e amorosidade. Todos nós fazemos este processo socioemocional também, uma permanente reciclagem, pois a vida é muito dinâmica e lidamos com vários perfis de pessoas”, assegurou Damaris, que, por fim, estimulou que as organizações sociais mostrem o rostos das ações que realizam para que se tornem conhecidas e, assim, concorram a editais ou recebam outros suportes financeiros para seus projetos.
Além do Instagram (@redecidadasp), as informações sobre cursos e oportunidades de emprego pela Rede Cidadã podem ser obtidos pelo telefone (11) 99495-3248.
LEIA A ÍNTEGRA DA LIVE DE 17 DE SETEMBRO
