OSC – ASSOCIAÇÃO CANTAREIRA

A nossa história é marcada pela defesa dos direitos humanos, participação ativa na elaboração de políticas públicas, resistência popular e práticas colaborativas.

Fundada em 6 de fevereiro de 1996, com o objetivo de ser a mantenedora da Rádio Comunitária Cantareira FM 87,5 – no ar desde setembro de 1995 –, a Associação Cantareira rapidamente expandiu sua missão, estando alicerçada em:

  • Projetos de comunicação comunitária e alternativa;
  • Educação popular;
  • Educação ambiental;
  • Oferta de capacitação para adolescentes e jovens;
  • Ações na área de cultura;
  • Mobilização e participação social.

PROJETOS DE COMUNICAÇÃO

O primeiro projeto desenvolvido pela Associação Cantareira foi o processo de regulamentação da Rádio Comunitária, uma jornada iniciada em 1995 e completamente concluída em julho de 2010, permitindo que a emissora ainda hoje esteja em funcionamento, prestes a completar 30 anos.

Em outubro de 1996, aconteceu o 1º curso de técnicas de locução, com a participação de 70 pessoas. No decorrer dos anos, em parceria com a Pastoral da Comunicação da Região Brasilândia, foram realizados cursos e oficinas sobre comunicação em toda a região Noroeste da cidade de São Paulo.

Em dezembro de 1996, começou a ser publicado o Jornal Cantareira, com tiragem mensal de 10 mil exemplares, e que circulou até dezembro de 2010, com reportagens regionais e artigos analíticos sobre o cenário político econômico no Brasil e no mundo.

EDUCAÇÃO POPULAR, AMBIENTAL E JUVENIL

Em 1997, a Associação Cantareira assumiu o projeto de educação popular, MOVA – Alfabetização de Jovens e Adultos. O primeiro convênio com a Secretaria Municipal de Educação (SME) foi assinado em 2002, para atender 560 jovens e adultos.

Em 1998, a instituição participou do edital do programa Capacitação Solidária para a capacitação de jovens em situação de vulnerabilidade na Brasilândia. Durante quatro anos, foram realizados quatro projetos, em parceria com as comunidades católicas Bom Pastor (Jardim Carumbé), São Francisco de Assis (Jardim Guarani), São José (Jardim Eliza Maria) e Nossa Senhora Aparecida (Vila Souza).

Com a participação de jovens da periferia, e em parceria com a Rede Rua de Comunicação, também foi produzido o videodocumentário “O Melhor do Lixo”.

Entre 2006 e 2008, a Associação Cantareira integrou o programa Fábrica de Cultura – da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo – e ofertou oficinas de teatro e grafite e viabilizou a realização dos espetáculos “O Pedrinho” e “Villas Boas”.

Ainda em 2006, em parceria com o CEMPEC, 60 jovens em situação de vulnerabilidade social participaram de três projetos de economia solidária.

CULTURA, DIREITOS HUMANOS E PARTICIPAÇÃO SOCIAL

Em 2009, a Associação Cantareira participou do pregão da prefeitura de Embu das Artes (SP) para capacitar jovens em duas turmas de comunicação popular.

Em 2010, a instituição foi uma das contempladas no edital dos pontos de cultura do Ministério da Cultura, no programa Cultura Viva – com gestão da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo – um fomento que ajudou a impulsionar a abrangência e incidência da Rádio Comunitária.

No ano seguinte, por meio de uma emenda parlamentar da deputada federal Luiza Erundina e com verbas da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, foi viabilizado o Projeto de Direitos Humanos, no qual 600 lideranças na região foram capacitadas em quatro núcleos.

Em 2012, a Associação Cantareira foi contemplada no edital do FEMA-07 da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente de São Paulo, pelo qual desenvolveu oficinas de reaproveitamento de alimentos e um curso com jovens com o tema “Comunicação e alimentação saudável”. Também foi feito um podcast e um livro de receitas.

Em 2015, a instituição foi novamente selecionada em um edital de ponto de cultura, desta vez com fomento da Secretaria Municipal de Cultura (SMC). Até o ano de 2017, diversas oficinas de edu-comunicação foram desenvolvidas, bem como a produção de um documentário sobre a proposta de implantação do Parque Municipal da Brasilândia.

Graças ao Prêmio Ponto de Cultura, da SMC, conferido à Associação em 2019, foi possível manter os trabalhos da Rádio Comunitária durante a pandemia de COVID-19 e se viabilizou a compra de equipamentos mais modernos e reformas nos estúdios da emissora.

Destaque-se, ainda, que na fase mais crítica da pandemia, entre 2020 e 2022, a Rádio Comunitária ampliou parcerias com coletivos de comunicação periféricos e massificou a transmissão de seus programas pelas plataformas digitais, fazendo ressoar em todo o mundo seus valores e a voz da população mais vulnerável da cidade de São Paulo.