No ‘Revista da Semana’, banda Antígona canta as questões do dia a dia

Eles eram um grupo de rapazes apaixonados por música, especialmente por Rock ‘n Roll, que entre os anos de 2011 a 2013 se uniram para mandar um som. Com o tempo, vieram os compromissos da vida adulta e um “eterno hiato” na banda, que está novamente unida deste outubro de 2022.
“Depois que a pandemia passou e vimos que todos sobrevivemos, pensamos ‘vamos celebrar a vida, vamos fazer um som’, e desde lá, muita coisa boa vem acontecendo”, contou Diogo, guitarrista da Banda Antígona.
Diogo, Kim, também guitarrista, e a vocalista Buba participaram da edição de 5 de abril do programa “Revista da Semana”, na rádio comunitária Cantareira FM, apresentado por Beto Souza e Rubens Andrade. A Banda Antígona (@banda_antigona) também é formada pelo baixista Ricardo e o baterista Tiago.
“Em outubro de 2022, a gente se reuniu de novo para compor algumas músicas e ensaiar. Em 2023, no ano todo, a gente tocou em muitos lugares, e isso influenciou pra gente compor mais, querer criar mais coisas, foi um momento especial que estamos queremos estender agora, com a chegada da Buba”, detalhou Kim.
Buba contou que sempre acompanhou a carreira dos rapazes e que recebeu o convite da esposa de Diogo para ser a vocalista da banda. “Eu tenho preferência por rock alternativo, mas a minha vontade de cantar é tão grande, que eu aceito cantar quase de tudo, mas o rock é o que toca o meu coração”, contou.
A ANTÍGONA

Diogo explicou que as músicas compostas pela banda sempre tiveram um caráter de crônica e refletem sobre as realidades cotidianas.
“As nossas músicas sempre falam daquilo que a gente vive, do que a gente enxerga na sociedade. Assim, quando foi o momento de a gente pensar no nome da banda, veio a ideia da Antígona, que é a filha de Édipo, Rei de Tebas, relatada na ‘Tragédia de Antígona’, escrita por Sófocles. O teatro grego nada mais é a tragédia da vida real, das coisas que acontecem no dia a dia, e gente achou que isso combinava bastante com a gente”.
Kim e Diogo recordaram que os rapazes se conhecerem na adolescência e começaram a tocar juntos para não perder os vínculos de amizade. A maior influência para as composições e ritmo das músicas são The Beatles.
AO VIVO – ‘EMOÇÃO SINTÉTICA’ E ‘A REDE’

E teve som ao vivo no ‘Revista da Semana’. A Banda Antígona tocou a canção Emoção Sintética, uma das músicas histórias do grupo e que em breve será também regravada na voz de Buba.
“Emoção sintética fala dessa coisa que a rede social trouxe para o nosso dia a dia que é esse culto à imagem, aquela coisa de sempre parecer que eu estou bem, de ter que postar uma foto bonita, e isso, às vezes, se torna uma exigência da sociedade, um artificialidade, e daí que vem a ideia da emoção sintética. E se você é o que você sente, isso é fingir o que você não é”, explicou Diogo.
Outro som que rolou ao vivo foi o de “A Rede”, música que, segundo Kim, falada da influência da rede social para as relações humanas.
“Essa música fala de como as pessoas vivem por meio da rede social e se veem pelo espelho da rede social. ‘A Rede’ fala deste sentimento que a gente tem pela rede social, dessa relação com ‘A Rede’, que a gente precisa usar de algum modo. Como todos estamos na rede, essa música busca trazer luzes”, comentou Kim.
A CASA DO ARTISTA INDEPENDENTE

Ao longo do programa, Beto Souza lembrou que a rádio comunitária Cantareira FM está de portas abertas para os artistas independentes.
“A música sendo boa, tendo letra, o espaço está aberto. Aqui é a casa do artista independente”, frisou Beto Souza.
“Queremos agradecer por esse espaço, não só em nome da Antígona, mas em nome de toda a cena independente, porque é muito importante ter isso. Infelizmente, é bem difícil fazer arte no Brasil. Muito obrigado por abrir as portas pra gente”, expressou Diogo.
“A gente é que a agradece, pois o nosso programa fica muito mais rico com expressões dessa forma”, complementou Rubens.
E pra finalizar a conversa, todos comentaram o que representa a música em suas vidas. Buba, que também escreve poesias e romances, assim respondeu: “Pra mim, pessoalmente, a música é algo que me transborda de maneira que só as palavras não conseguiriam transbordar. Escrever por meio da música passa algo muito além, porque te toca pelo ritmo, pela melodia”.
Abaixo, assista a íntegra da entrevista na edição do “Revista da Semana” de 5 de abril. O programa vai ao ar aos sábados, das 10h às 12h, com reprise aos domingos, das 14h às 16h.