Rádio Cantareira Uncategorized Jovens diagnosticados com síndrome Burnout teve aumento em 2024

Jovens diagnosticados com síndrome Burnout teve aumento em 2024

Com um aumento de 15% em relação a 2023, estudos indicam que a faixa etária de 18 a 30 anos é a mais impactada.
Por Gabriel Nassif


O burnout, síndrome resultante do estresse crônico no trabalho, tem apresentado aumento expressivo em 2024, sobretudo entre jovens. Estudos recentes indicam que a faixa etária de 18 a 30 anos é a mais impactada, reflexo de exigências acadêmicas, insegurança no mercado de trabalho e pressões sociais.
Dados da International Stress Management Association (ISMA-BR) apontam que cerca de 40% dos jovens brasileiros relatam sintomas de burnout, um aumento de 15% em relação a 2023. Entre os sinais comuns estão exaustão física e emocional, redução da eficiência no trabalho ou estudos e sentimentos de desânimo.
O advogado recém formado, que atua principalmente como jurídico interno e externo, João Amâncio, conta que se sente sobrecarregado. “São várias coisas que eu preciso fazer por dia e se eu não fizer, ninguém vai fazer”, afirmou ele.
João também comenta sobre as cobranças que existe em cima dos jovens. Para ele, as novas gerações são mais cobradas principalmente pelo maior acesso à informação.
“Eu sinto que se presume muito que as pessoas sabem das coisas só porque elas têm acesso ao conhecimento, mas eu sinto que é uma premissa errada. Não é porque você tem acesso ao conhecimento que você vai atras dele; você vai atras daquilo que lhe interessa”, comentou.
O advogado desmente o boato de que as novas gerações não têm menor rendimento. Para ele, os jovens estão menos dispostos a aceitar maior acumulo de. “Eles sabem que vai contra a lei e que pelo menos eles deveriam receber por isso”, contou.


Como reconhecer os sinais de burnout
A síndrome burnout foi reconhecida como questão de saúde pública pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2022. Os principais sintomas incluem: cansaço físico e mental, mesmo após descanso; indiferença em relação a atividades diárias; sensação de incompetência e falta de satisfação; além de sintomas físicos, como insônia e dores de cabeça.
João Amâncio acredita que mais pessoas possam desenvolver burnout. “As empresas confundem muito o conceito de eficiência”, afirmou. Ele explica que a obsessão pelo controle de gastos desvalorizado a parte humana do trabalhador e o acumulo de funções se torna uma segurança para se manter no trabalho.

Tratamento e Prevenção
Para tratar a síndorme, a busca por apoio psicológico é fundamental. Profissionais podem ajudar a identificar causas e desenvolver estratégias de enfrentamento. Em casos graves, a intervenção medicamentosa é recomendada.
Estudos da revista Frontiers in Psychology mostram que o burnout não tratado pode levar a transtornos de ansiedade e depressão. É essencial adotar políticas públicas que promovam a saúde mental em ambientes acadêmicos e profissionais.
O aumento do burnout entre jovens em 2024 destaca a importância de conscientização sobre saúde mental e adoção de práticas de bem-estar. Reconhecer os sintomas e buscar tratamento são passos fundamentais.

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